Em Portugal, gostamos muito de brincar com coisas sérias.
Eu particularmente não vejo crise em lado nenhum - nem na rua nem em minha casa. Vejo carros novíssimos (dos últimos meses do ano passado e inclusivé um jipão BMW de todo o tamanho de 2009), multidões nos shoppings, nas máquinas de jogo... sugiro até que se comece a falar dos anos loucos 10.
Ainda na TV passou-se ontem para todos vermos pessoas a chorar, sem rendimentos, sem comida, sem educação para os filhos - então? Vendam o Magalhães e a internet móvel que está em cima da secretária, deixem de pôr unhas de gel semana sim, semana não, e vão ver como no final de cada mês sobram mais uns trocos para comprar LEITE, IOGURTES, CEREAIS, CARNE, ARROZ, FEIJÃO, GRÃO...
Há realmente FAMÍLIAS EM CRISE, mas olhem que eu aposto todos os dentes que tenho na boca (e eu não gosto de cirurgias, muito menos nos dentes) em como essas não aparecem na TV e acabam por adoecer por falta de condimentos básicos.
Posso dar o exemplo cá de casa (graças a Deus não temos passado por "crises" fortes, mas também não vivemos à larga no final do mês): tenho na dispensa 2 pacotes de amêndoas, 2 sacos de chocolate tablerone, 1 saco de caramelos e na arca devo ter 4 caixas de gelado (1 pelo menos de baunilha de 2l que é o meu!). Quem está desse lado a ler até pode perguntar: mas vem para aqui falar de excessos e crises alimentares, quando também compra coisas desnecessárias? A verdade é que a casa não é "minha", nem sou eu quem faz as compras ou dita as regras alimentares de todos, embora esteja sempre a "bater no ceguinho".
No entanto, tudo isto é desnecessário numa casa em "crise", pelo menos nestas quantidades. Os portugueses sempre foram mau gestores, basta recordarmos todas as terras conquistadas no Renascimento que se nos dissiparam completamente das mãos - o mesmo se passa com a alimentação e com as compras.
Ir ao supermercado (ou hipermercado, no caso de muitos) pode ser uma perdição e uma alienação exponencial para muitas famílias, porque perdem-se completamente: começam as ver as promoções (leva 4 paga 3 - mas na verdade nem de 1 inteiro precisa), os produtos em massa, agravelmente expostos à vista... todo aquele marketing que imagina.
Eu aconselho vivamente a pensar antes de sair de casa no que tem realmente falta e precisa para ter uma alimentação decente - faça uma lista e cumpra-a!
Não se esqueça do fundamental:
massas, leguminosas (feijão, grão, ervilhas,...), legumes (brócolos, couve, alface, tomate, espinafres,...), carne (se tem problemas com o peso ou pressão alta opte por carnes mais brancas - frango, perú,...), peixe (apesar de o preço estar pela hora da morte, tente comprar peixe rico sobretudo em ómega 3 - salmão, sardinha, atum,...)
Enfim, são algumas dicas essênciais para a sua lista. Se aliar isto a uma boa escolha no supermercado (olhe que às vezes as marcas brancas oferecem-lhe o mesmo por menos dinheiro), garanto que não vai cair numa crise alimentar.
E claro, tenha também em atenção as misturas que faz: não junte dois hidratos de carbono na mesma refeição (arroz e batata, por exemplo), substitua a carne por feijão (por exemplo), não junte 2 fontes de proteínas (ovo estrelado e bife, por exemplo, esqueça!)...
Conselho resumé:
Pronto, pronto... eu confesso - ando com um sorrisinho nos lábios!
Acho que ainda neguei nos primeiros dias pós-cirúrgicos - Eu? Uma cara diferente? Que nada!
É oficial e eu admito. Sinto-me melhor e ando na rua despreocupada com a saia que subia por causa do pneu de pele ou com a t-shirt que marcava as dobrazonas que tinha no abdómen e na barriga.
Como amanhã faz uma semana, hoje foi dia de ir ao Hospital, para saber se está tudo em ordem - com os enfermeiros que eu tenho cá em casa só podia estar! As dores também diminuíram bastante e eu já digo que vou continuar com a panóplia de operações que faltam (e que são precisas! Sempre adorei o cão de raça Sharpei, por serem enrugados, mesmo quando vestia XXL e depois de emagrecer passei a achar que, um dia, tinha mesmo que ter um Sharpei porque fiquei parecida com ele!).
Estou bastante motivada e empolgada. Em parte porque pela primeira vez tive pessoas a darem-me razão e a perceber a minha tristeza e os meus complexos com o corpo: "a rapariga tem 20 anos e realmente ninguém diz que tem o corpo assim quando está vestida!"
Afinal de contas eu emagreci e não fiquei com o corpo que todos nós sonhamos - foram muitos quilos perdidos, é natural deixar este tipo de marcas. No entanto, todos aqueles que me veêm ao vivo e a cores, em fotos ou em vídeos, não dizem que tenho um corpo disforme - pelo contrário, muitas raparigas e muitas mulheres têm-me um pó desgraçado, porque tenho "mamocas" e ancas. Insistem em dizer "És paranóica! Estás perfeitíssima e és sexy!".
Bem, se eu me tivesse sentido sexy, acreditem: nunca teria desenvolvido ataques compulsivos em relação à comida, quando já estava magrérrima (IMC=20), tinha conseguido perder peso e supostamente estaria feliz da vida. É claro que sempre gostei de mim (por dentro), mas acreditem que a "formusura magra" não traz felicidade.
Acho que todos nós, mulheres e homens, devemos gostar de nós mesmos, por dentro e por fora. Eu não gostava de mim por fora e o que tinha também não me dava saúde - muito pelo contrário! Por isso decidi emagrecer, para provar a mim e a todos aqueles que duvidavam de que eu era capaz. Ganhei muito: uma nova imagem, uma nova postura, uma nova maneira de ser e o mais importante de tudo... a minha vocação para toda a vida: a dietética e a nutrição.
O que perdi? 50 Kg. E agora peles - sim, tudo tem solução e olhe que não precisa ser da alta sociedade para poder fazer as operações cirúrgicas. Eu pertenço à classe mais pobre dos pobres (estou a exagerar, afinal tenho internet, senão não podia estar aqui a narrar) e, apesar de ter esperado 1 ano e meio, cá estou eu, com uma abdominoplastia feita, mais fresca que as alfaces da horta do meu avô e paguei apenas a estadia no hospital (se quer saber foram 5.20€ diários, assim fica a par de tudo!).
Antes que me esqueça, estou a tentar tratar da tal plataforma com "cursos" GRÁTIS. Tenho experimentado tudo quanto é servidor, até o moodle já tentei. Mas eu quero um canto "acolhedor" e pouco confuso, porque eu também passo muitas vezes por naba nestas novas tecnologias. Como sou muito esquisita... está a demorar. Mas não tarda, prometo!
O tema que eu tinha para falar hoje fica para a próxima vez: "sem dinheiro e com fome - serão motivos para uma alimentação cada vez mais deficiente (?)". Fica já o título dado. Pois é, tem a ver com isso mesmo que está a pensar: crise! No bolso, na carteira e no estômago.
Até à próxima!
A celebrérrima frase "Não há almoços grátis" nunca passará de moda e nunca deixará de ser inútil.
Aqui há dias ouvi nas notícias que a Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN) está a desenvolver cursos para ensinar as pessoas a comer bem sem gastar muito - em tempo de crise é sempre bom!
Achei uma boa ideia, também já tinha pensado fazer algo do género no meu website. Como tinha ficado com a sensação de que era para profissionais ou algo do género, lembrei-me hoje de ir procurar.
Depois de muita procura (confesso que estava difícil), achei. Li as condições, o número de vagas... e por fim o preço. Só se podiam inscrever 20 pessoas - compreende-se: falar para 10 pessoas numa sessão já é complicado, com 20 não se fala e mais do que isso pior ainda.
20 pessoas, 20 euros cada uma.
Pus-me a fazer os cálculos... dava mais de 6,5 à hora. Repensei então o tema do dito curso: “Como enfrentar a crise sem descurar a sua alimentação”.
Bom, com o que se gasta no cursinho (a data já passou, se estava a pensar frequentar pode ser que tenha sorte e façam outro qualquer dia) dá para ir jantar com o marido ou com a mulher e ainda comprar meia dúzia de velas, acredite em mim!
Eu sei perfeitamente que há um custo para tudo e obviamente que uma associação de profissionais tem que ganhar dinheiro de alguma forma para se sustentar - mas 20 euros por 3 horas, quando o tema sugere economizar?
Ou eu é que sou parva e tenho a mania de fazer tudo de borla, ou então meus amigos, como dizia alguém na tv, em Portugal é tudo uma "cambada de chupistas"!
A propósito, estou a arranjar maneira de criar "cursos" online sobre alimentação e obesidade À BORLA, ou seja, ensinar às pessoas o que comer, quanto comer e eventualmente sem gastar muito, sem pagar coisa alguma.
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